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RG da POESIA

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

aprendizado


(nos comentários, divido com vocês o processo de concepção deste poema)

10 comentários:

myra disse...

FANTASTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
um grande abraço,

Carmem Salazar disse...

sabedor da dor, mais fácii rir depois. : )

byTONHO disse...

Sábio!

Sadia afirmação!

IntelectuAL-Chaer

AL-Braços!

nina rizzi disse...

agregador. vc é demais, cara

nina rizzi disse...

então, ontem à noite, lendo manoel de barros, lembrei de ti. veja:

- "sabedoria pode ser que seja estar uma árvore."

- "sábio é o que advinha."

beijo.

AL-Chaer disse...

Queridos Myra, Carmem, Tonho e Nina,

Obrigado pelos comentários.

Deixa eu dividir com vocês um pouco de como este poema foi concebido.

A idéia inicial, a partir dos recortes da palavra "sabedoria" em "sabe"/"dor"/"ia" era montá-las como um semáforo (ou sinaleiro, ou farol, depende da região de cada um). A primeira versão foi em P&B.

Posteriormente, reslolvi colocar as cores: "sabe"(vermelho); "dor"(amarelo); "ia"(verde). Então, com o aporte das cores, os significados de "pare", "atenção" e "siga" enriqueceram as palavras correspondentes, contextualizando o choque/espanto/perplexidade frente à constatação de que vai se sentir a dor; a atenção/alerta/transição ao se sentir a dor; e a transformação/redenção/sequência da vida após a dor (a vida segue) e o verde tem também a conotação da esperança neste processo de passar pela dor (dor vem, dor ia, dor passa).

Posteriormente, explorei esteticamente três semáforos em que cada um tinha uma das palavras destacadas (com mais brilho), na tentativa de mostrar as fases e a interseção das fases.

Daí, com a leitura da interseção das fases, veio o formato final, em que cada palavra termina com a cor que começa a seguinte.

Na sequência, coloquei a palavra "sabe" com as letras em tamanho decrescente, com a intenção de ressaltar a "parada"/"redução" na tomada de consciência da "dor". Na mesma linha estética, a palavra "dor" vem com as palavras em tamanhos crescentes, com o significado de que a "dor" parece que não vai acabar. Mas "dor" vem, "dor" vai, "dor" ia. E a palavra "Ria" foi uma aparição incidentAL.

Rir depois da dor (sem ser Rir da Dor) é um "descanso" merecido no processo.

Faltava o título. Relendo o processo da concepção do poema, vi que tudo era um aprendizado.

Extrapolando o significado da palavra em si, há a intenção de sugerir uma conotação para "dor", em que "dor" seria qualquer processo de criação. O prazer da criação é o aprendizado para a próxima.

A idéia (sabe). A produção (dor). O produto final (Ria).

E, tAL como os sinais, a repetição, os ciclos, a disciplina.

Aprendizado!

Falando um pouco de como as palavras são escritas, "SABE" vem toda "quadrada" em segmentos de retas. "DOR" vem com traços arredondados, anunciando o processo de transformação. E "ia" vem em letra cursiva, revelando a continuidade e a metamorfose.

Então era isto.

AL-Braços
AL-Chaer

RUBENS GUILHERME PESENTI disse...

Al, estava aqui lendo os comentários e sua explanação sobre o poema. essa questão do semáforo foi fantástica, um saque daqueles raros.
tem um lance que mais me toca nesse poema e chama minha atenção que é a dor do conhecimento, a dor do saber que permeia a vida do vermelho, passando pelo amarelo e indo até o verde. mas, por outro lado, o saber é que nos permite redimir essa dor, aí ele é o verde integral e podemos seguir. e somente assim podemos transgredir essas regras do trânsito poético.

aquele abraço.

AL-Chaer disse...

Grande Rubens,

É isto!

Saber a "dor" dói mais que a própria "dor".

vALeu !!!

AL-Braços
AL-Chaer

byTONHO disse...

Adorei a reveLAção!
A memória descritiva do projeto...

Gostei da AL-la!

AL-Braços!

Cosmunicando disse...

A idéia (sabe). A produção (dor). O produto final (Ria)

adorei o poema-visual e essa explanação fechou lindamente :)

al-braços & me-suras